terça-feira, 23 de agosto de 2011

Exercícios sobre o Filme LUTERO

Discussão - Filme Lutero


Ficha técnica:
Título original: (Luther)
Lançamento:  2003 (Alemanha, EUA)
Direção: Eric Till
Atores: Joseph FiennesAlfred Molina, Bruno Ganz, Jonathan Firth.
Duração: 112 min
Gênero: Drama












A partir da fonte imagética, o Filme Lutero, do resumo e documentos sobre As Reformas:

1- Identifique os interesses de Lutero, dos príncipes e do povo em relação à reforma protestante na Alemanha.

2- Como você resumiria o filme Lutero?

3- Explique por que Lutero se opõe contra as práticas da Igreja Católica?

4- O que eram as indulgências? Cite duas.

5- Descreva três itens das 95 teses de Lutero contra a igreja Católica.

6- De acordo com o filme quais foram os principais personagens da Reforma?

7- Onde se passa a reforma em seu primeiro momento?

8- Quem é o príncipe que protege Lutero?

9- O que foi o tribunal da inquisição?

10- Por que os adeptos de Lutero passaram a ser chamados de Protestantes?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cronologia da Segunda Guerra Mundial

Cronologia dos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial

1939 
1 setembro - tropas da Alemanha invadem a Polônia. Começa oficialmente a Segunda Guerra Mundial.
2 de setembro - Alemanha anexa a cidade livre de Danzig.
3 de setembro - França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha.
10 de setembro - começa a Batalha do Atlântico.
17 de setembro - União Soviética invade a Polônia.
27 de setembro - a Polônia se rende aos alemães.
30 de novembro- a União Soviética ataca a Finlândia.

1940
18 de janeiro - Dinamarca, Suécia e Noruega declaram neutralidade.
9 de abril - Alemanha coloca em prática o plano de invadir a Noruega e a Dinamarca.
10 de maio - Alemanha invade a Bélgica, Holanda, Luxemburgo e norte da França.
16 de maio - a Alemanha começa a bombardear o sul da Inglaterra.
3 de junho - aviões da Alemanha bombardeiam a cidade de Paris.
10 de junho - Itália declara guerra aos aliados.
14 de junho - Paris é tomada pelos alemães.
8 de agosto - os alemães começam a atacar a cidade de Londres.
25 de agosto - a aviação inglesa bombardeia a cidade de Berlim.
28 de agosto - aviação alemã começa os bombardeios noturnos a várias cidades inglesas.
13 de setembro - começam as incursões militares italianas no norte da África.
22 de setembro - Japão invade a Indochina Francesa.
27 de setembro - Alemanha, Itália e Japão firmam o tratado conhecido como Eixo Roma-Berlim-Tóquio.

1941
 2 de março - tropas da Alemanha entram em território da Bulgária.
13 de abril - União Soviética e Japão assinam o Pacto de Neutralidade.
16 de junho - Estados Unidos ordenam o fechamento de todos os consulados alemães no país.
22 de junho - Alemanha ataca a União Soviética.
7 de dezembro - o Japão ataca a base norte-americana de Pearl Harbor.
8 de dezembro - os Estados Unidos declaram guerra ao Império Japonês.
11 de dezembro - Alemanha e Itália declaram guerra aos Estados Unidos.

1942
13 de setembro - tem início a Batalha de Stalingrado.
10 de novembro - a França de Vichy é ocupada pelos alemães.
24 de novembro - tropas alemãs são cercadas em Stalingrado.

1943
10 de julho - tropas aliadas desembarcam na Sicília.
28 de novembro - Conferência de Teerã, onde se encontram Churchill, Roosevelt e Stálin.

1944
17 de janeiro - começa a Batalha de Monte Cassino na Itália com participação de soldados brasileiros do lado dos aliados.
4 de junho - os aliados entram em Roma.
6 de junho - Dia D, os aliados desembarcam na Normandia.

1945
17 de janeiro - Varsóvia é ocupada pelas tropas da União Soviética.
27 de janeiro - o exército vermelho libertam os prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz.
4 de fevereiro - começa a Conferência de Yalta.
30 de abril - Hitler se suicida em Berlim.
2 de maio - Berlim é ocupada pelo exército soviético.
6 de agosto - os Estados Unidos lançam bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. 
2 de setembro - assinatura da rendição do Japão e fim da Segunda Guerra Mundial.

Segunda guerra mundial

Introdução : As causas da Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.

O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

As 95 teses de Martinho Lutero

As 95 Teses afixadas por Martinho Lutero na Abadia de Wittenberg
a 31
de outubro de 1517, fundamentalmente "Contra o Comércio das Indulgências":
    
1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos... etc., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo e ininterrupto arrependimento.

2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo dos sacerdotes.

3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de mortificação da carne.

4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até à entrada para a vida eterna.

5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar de outras penas além das que impôs ao seu alvitre ou nem acordo com os cânones, que são estatutos papais.

6ª Tese
O papa não pode perdoar dívida, senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus, ou então o faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida em absoluto deixaria de ser anulada ou perdoada.

7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao ministro, seu substituto.

8ª Tese
Cânones poenitentiales, que são as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas são impostos aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

9ª Tese
Eis por que o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluindo este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.

10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõe aos moribundos penitências canônicas ou para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.

11ª Tese
Este joio, que é o de transformar a penitência e satisfação, prevista pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado enquanto os bispos dormiam.

12ª Tese
Outrora canônica poenae, ou seja, penitência e satisfação por pecados cometidos, eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.

13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.

14ª Tese
Piedade ou amor imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte, necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menos o amor, tanto maior o temor.

15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem nos referirmos a outras coisas, basta para causar o tormento e o horror do purgatório, pois se avizinham da angústia do desespero.

16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.

17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, também deve crescer e aumentar o amor.

18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas razões e nem pela Escritura, que as almas do purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.

19ª Tese
Parece ainda não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem mais por ela, não obstante nós termos esta certeza.


20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreender com as palavras “perdão plenário de todas as penas” o perdão de todo o tormento, mas tão só as penas por ele impostas.

21ª Tese
Eis por que erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante indulgência do papa.

22ª Tese
Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do purgatório das que, segundo os cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na presente vida.

23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muitos poucos.

24ª Tese
Logo, a maioria do povo é ludibriado com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.

25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.

26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder o perdão às almas em virtude do poder das chaves (coisa que não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.

27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.

28ª Tese
Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.

29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com S. Severino e Pascoal.

30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do arrependimento e pesar verdadeiros, muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.


31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.

32ª Tese
Irão para o diabo, juntamente com os seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33ª Tese
Há que acautelar-se muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dádiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.

34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória, estipulada por homens.

35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36ª Tese
Tudo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

38ª Tese
Entretanto se não devem desprezar o perdão e a distribuição deste pelo papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão consiste numa declaração do perdão divino.

39ª Tese
Ë extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e, ao contrário, o verdadeiro arrependimento e pesar.

40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo; mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para tanto.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal, para que o homem singelo não julgue erradamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.

42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgências de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.

43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta ao necessitado do que os que compram indulgência.

44ª Tese
É que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.

45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgência do papa, mas desafia a ira de Deus.

46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura, fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.

47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos ser a compra de indulgência livre e não ordenada.

48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.

49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.

50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgência, preferiria ver a basílica de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por um dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgência, vendendo, se necessário, a própria basílica de São Pedro.

52ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências e o próprio papa oferecessem sua alma como garantia.

53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a palavra de Deus nas demais igrejas.

54ª Tese
Comete-se injustiça contra a palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da palavra do Senhor.

55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a coisa menor, com um toque de sino, uma pompa, uma cerimônia, enquanto o evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem toques de sino, centenas de pompas e solenidades.

56ª Tese
Os tesouros da igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecidos na Igreja de Cristo.

57ª Tese
É evidente que não são bens temporais, porquanto muitos pregadores não os distribuem com facilidade, antes os ajuntam.

58ª Tese
Também não são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto este sempre são suficientes, e, independente do papa, operam graça do homem interior e são a cruz, a morte e o inferno do homem exterior.

59ª Tese
São Lourenço chama aos pobres, os quais são membros da Igreja, tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.

60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, que lhe foram dadas pelo merecimento de Cristo.

61ª Tese
Evidente é que, para o perdão das penas e para a absolvição em determinados casos, o poder do papa por si só basta. 

62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de Deus.

63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.

64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é notoriamente o mais apreciado, porque faz com que os últimos sejam os primeiros.

65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos foram outrora as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.

66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.

67ª Tese
As indulgências, apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça, decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.

68ª Tese
Nem por isso semelhante indulgência é a mais ínfima graça, comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda reverência.

70ª Tese
Entretanto tem muito maior dever de conservar abertos os olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não apregoem os seus próprios sonhos.

71ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.

72ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.

73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.

74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob pretexto de indulgências, prejudicam a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agirem.

75ª Tese
Considerar a indulgência do papa tão poderosa, a ponto de absolver alguém dos pecados, mesmo que (coisa impossível de se expressar) tivesse deflorado a mãe de Deus, significa ser demente.

76ª Tese
Bem ao contrário afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo pode anular o menor pecado venial no que diz respeito a culpa que representa.

77ª Tese
Afirmar que nem mesmo São Pedro, se no momento fosse papa, poderia dispensar maior indulgência, constitui insulto contra São Pedro e o papa.

78ª Tese
Dizemos, ao contrário, que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o evangelho, dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1 Corinto 12.6-9.

79ª Tese
Alegar ter a cruz de indulgências, erguida e adornada com as armas do papa, tanto valor como a própria cruz de Cristo é blasfêmia.

80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas desta atitude.

81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a indulgência, torna difícil até homens doutos defenderem a honra e dignidade do papa contra a calúnia e as perguntas mordazes e astutas dos leigos.

82ª Tese
Haja vista exemplo como este: Por que o papa não livra duma só vez todas as almas do purgatório, movido pela santíssima caridade e considerando a mais premente necessidade das mesmas, havendo santa razão para tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a construção da basílica de São Pedro, livra inúmeras delas, logo por motivo bastante infundado?


83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para esse fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou prebendas oferecidos em favor dos mortos, quando já não é justo continuar a rezar pelos que se acham remidos?

84ª Tese
E: Que nova santidade de Deus e do papa é esta a consentir a um ímpio e inimigo resgate uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não livrar esta mesma alma piedosa e amada por Deus do seu tormento por amor espontâneo e sem paga?

85ª Tese
E: Por que os cânones de penitência, isto é, os preceitos de penitência, que faz muito caducaram e morreram de fato pelo desuso, tornam a remir mediante dinheiro, pela concessão de indulgência, como se continuassem em vigor e bem vivos?

86ª Tese
E: Por que o papa, cuja fortuna é maior do que a de qualquer Creso, não prefere construir a basílica de São Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de cristãos pobres?

87ª Tese
E: Que perdoa ou concede o papa pela sua indulgência àqueles que pelo arrependimento completo tem direito ao perdão ou indulgência plenária?

88ª Tese
Afinal: Que benefício maior poderia receber a igreja se o papa, que atualmente o faz uma vez ao dia cem vezes ao dia concedesse aos fiéis este perdão a título gratuito?

89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas mediante a indulgência do que o dinheiro, por que razão revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, quando tem sempre as mesmas virtudes?

90ª Tese
Desfazer estes argumentos muito sutis dos leigos, recorrendo apenas à força e não por razões sólidas apresentadas, significa expor a igreja e o papa ao escárnio dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91ª Tese
Se, portanto, a indulgência fosse apregoada no espírito e sentido do papa, estas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92ª Tese
Fora, pois, com todos este pregadores que dizem à igreja de Cristo: Paz! Paz! Sem que haja paz!

93ª Tese
Abençoados, porém, sejam todos os pregadores que dizem à igreja de Cristo: Cruz! Cruz! Sem que haja cruz!

94ª Tese
Admoeste-se os cristãos a que se empenhem em seguir seu Cabeça, Cristo, através da cruz, da morte e do inferno;

95ª Tese
E desta maneira mais esperem entrar no reino dos céus  por muitas aflições do que confiando em promessas de paz infundadas.

Resumo do filme Lutero

   O filme relata a vida de Martinho Lutero, um jovem alemão burguês que após quase ser atingido por um raio acreditou ter recebido um chamado divino e por isso juntou-se a um mosteiro.
    Tornou-se um monge completo de ideologias e com essas idéias lutou para transformar a igreja católica, pois criticava suas regras e conseqüentemente a validade das indulgências (documento com o perdão dos pecados), que eram vendidos pela igreja. Completamente decepcionado com a postura da Igreja, Lutero sentia-se atormentado pelo Diabo, e, em várias oportunidades acreditava que poderia conversar com o Diabo.
    A partir disso, houve várias tensões que se intensificaram quando Martinho mandou pregar as noventa e cinco teses na porta da igreja. Isso provocou grande irritabilidade nos cardeais, no príncipe e principalmente no papa, por que essas escrituras afetariam muito na imagem da igreja. Por isso, ele e as pessoas que influenciavam a igreja tentaram fazer Lutero negar suas escrituras, mas isso não ocorreu e em função disso foi chamado de herege e julgado pela inquisição. A partir desse momento a maioria da população começou a duvidar da palavra do papa.
    Através de sua luta pela reforma e com os eventos de Augsburg abriram-se as portas para a libertação religiosa. Além de exercer grande influência na economia, na política, na música e na educação, também traduziu a Bíblia para o idioma alemão, pois antes disso a linguagem da mesma era inacessível ao povo, até mesmo por que esta era escrita somente em latim e foi por meio do ocorrido que a Bíblia tornou-se uma pedra fundamental na língua Alemã.
    Lutero morreu em 1546, aos 63 anos. Após seu casamento, ele ainda pregou seus entendimentos por mais dezesseis anos. Muitos dos que vieram a conhecer seus escritos ficaram de seu lado, dando continuidade ao processo de expansão. Os efeitos do protesto de Lutero perpetuam na sociedade alemã e em todo mundo.
    A igreja católica tinha o caráter inflexível, por conseguinte, era impossível cogitar a idéia de mudanças das leis que estavam implantadas e quem experimentasse modificá-las sofreria muita repressão como sofreu o jovem Martinho Lutero.
    Acredito que tentar transformar uma opinião é muito mais difícil do que inserir algo que ainda não foi proposto. Atualmente, algumas igrejas apresentam características semelhantes a da igreja católica da época, pois muitas ainda impõem suas normas e lutam para que sejam exercidas, além disso, quase sempre utilizam o nome de Deus para justificar suas atitudes e facilitar a aceitação das mesmas pela sociedade.
    

Fonte: http://pt.shvoong.com/entertainment/movies/1907308-lutero/#ixzz1VDyEK1wf

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Questões sobre A Era Vargas

Algumas questões são de vestibulares, o gabarito esta no final das questões, qualquer dúvida me falem.

01. (FUVEST) O Brasil recuperou-se de forma relativamente rápida dos efeitos da Crise de 1929 porque:

a) o governo de Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico, com empréstimos obtidos no Exterior;
b) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos sujeito aos efeitos da crise;
c) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as finanças públicas;
d) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram a retomada da economia;
e) um efeito combinado positivo resultou da diversificação das exportações e do crescimento industrial.
                                

02. (FUVEST) A política cultural do Estado Novo com relação aos intelectuais caracterizou-se:

a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados adversários de regimes ditatoriais;

b) por um clima de ampla liberdade pois o governo cortejava os intelectuais para obter apoio ao seu projetonacional;

c) pela indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo se baseava nas forças militares;

d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoiava nos trabalhadores sindicalizados;

e) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do regime foram reprimidos.


03. A Era Vargas (1930 - 1945) apresentou:

a) O abandono definitivo da política de proteção ao café.
b) A crescente centralização político-administrativa.
c) Um respeito aos princípios democráticos, em toda sua duração.
d) Um leve "surto industrial", resultante da conjuntura da Grande Guerra (1914 - 1918).
e) Um caráter extremamente ditatorial, em todas as suas três fases.


04. A Europa dos anos 30
conheceu os extremismos resultantes do confronto ideológico entre os totalitarismos de esquerda e de direita. Eram representantes de direita (nazi-fascismo), no Brasil:

a) os aliancistas, reunidos em torno da Aliança Nacional Libertadora;
b) os "camisas-verdes" liderados por Luís Carlos Prestes;
c) os tenentes, que após a Revolução de 1930, tornaram-se defensores do Estado Fascista;
d) os integralistas, sob a liderança de Plínio Salgado, sonhavam com um Estado Totalitário;
e) os getulistas, adeptos de um Estado Forte, sob a liderança de Vargas.


05. Recuperação da autonomia, reconstitucionalização do País e nomeação de um interventor civil e paulista foram reivindicações que marcaram:

a) o movimento tenentista da década de 1920;
b) a reação da oligarquia paulista na Revolução de 1932;
c) as manifestações integralistas nos anos 30;
d) as intentonas comunistas de 1935;
e) as rebeliões promovidas pela ANL entre 1934 e 1937.


06. (FGV) "Redescobrir e revolucionar é também o lema do Verde-Amarelismo, que, antes de organizar-se no movimento Anta (Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Plínio Salgado) e materializar-se no ideário 'curupira', passa pela xenofobia espingardeira da Revista Brasília."

O texto acima fala de um movimento literário do Brasil dos anos 30, que tem correspondência político-ideológica com:

a) o Integralismo
b) o Marxismo-lenilismo
c) o Anarco-sindicalismo
d) o Socialismo Utópico
e) a Maçonaria


07. (UFRJ) A expressão Estado Novo foi empregada para identificar um fato histórico a partir do momento em que:

a) entrou em vigor a terceira Constituição brasileira, a de 1934;
b) foram reunidos num só os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
c) Getúlio Vargas outorgou ao País a Carta de 1937, que lhe conferia plenos poderes;
d) assumiu a Presidência da república, Jânio Quadros;
e) assumiu a Presidência da República, João Goulart.


08. (MACKENZIE) Sobre o Estado Novo, é falso afirmar que:

a) DIP, DASP e Polícia Secreta constituíram órgãos de sustentação do regime;
b) a centralização política e a indefinição ideológica identificaram esta fase;
c) a legislação trabalhista garantia o
direito de greve e autonomia sindical, mantendo o Estado afastado das relações capital e trabalho;
d) o crescimento industrial se fez em parte graças à concentração de renda, baixos salários e desemprego;
e) as oligarquias apoiavam o governo já que este garantia a grande propriedade e não estendia às leis trabalhistas ao campo.

 

09.
(FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi marcado por:

a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo;

b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre o fascismo e o comunismo;

c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os EUA e a URSS para deter o avanço fascista na Europa;

d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os EUA e a URSS;

e) a coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.


10. Após a queda de Getúlio Vargas (29/10/1945) é eleito Eurico Gaspar Dutra e no primeiro ano de seu governo é concluída a:

a) Reforma Partidária;
b) Pacificação interna dos Estados;
c) Emenda Constitucional que consolida a Constituição de 1934;
d) Democratização do País;
e) Constituição, a quinta do Brasil e a quarta da República, em setembro de 1946.


Gabarito

01. E02. E03. B04. D
05. B06. A07. C08. C
09. A10. E