segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal

Desejo a vocês um ótimo Natal, cheio de alegrias, harmonia e tudo que nossa caixinha de sonhos nos faz acreditar... E o mais importante,  que o espírito de Natal desça e se esparrame em todas as direções, em todas as almas, consciências e corações, glorificando a Deus que nos amou incondicionalmente, entregando seu filho amado por nós.
Que esse novo ano que se aproxima seja uma porta aberta, para realizar seus sonhos,  renovar a fé e que a esperança esteja sempre presente.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Comentários e respostas dos exercícios sobre a Guerra Fria


 
*     Reposta Questão 1
a) Falso – A Guerra Fria ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, e envolveu um país europeu e um Americano.
b) Falso – Essa divisão entre países socialistas do sul e países capitalistas do norte não é correta, além de não ter havido domínio de um sobre o outro.
c) Falso – A Guerra Fria ocorreu de 1945 a 1989, portanto, após os anos de 1930. Também não foi um choque ideológico entre Alemanha e União Soviética.
d) Falso – Não consistiu numa disputa pela hegemonia mundial envolvendo Japão e nem a China.
e) Verdadeiro – Com o término da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista) tentaram ampliar suas áreas de influência, pois os dois países se apresentavam como as duas superpotências mundiais em virtude  de suas estruturas financeiras, dotavam de armas nucleares, entre outros fatores.

*       Reposta Questão 2
a) Falso – Realmente a Guerra Fria desencadeou a formação de dois blocos político-militares, entretanto, sua ocorrência não foi entre as duas guerras mundiais, e sim após a Segunda Guerra Mundial (1945).
b) Falso – A Guerra Fria foi muito além do interesse pela Sibéria. Consistiu numa corrida pela hegemonia mundial na tentativa de expansão de zonas de influência.
c) Verdadeiro – Após a Segunda Guerra Mundial, os principais países envolvidos no confronto (França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Japão) estavam com suas economias extremamente fragilizadas, apenas Estados Unidos e União Soviética conseguiram manter uma boa estrutura financeira após os confrontos. Os dois países exerceram grande influência na geopolítica global, Estados Unidos liderando o bloco capitalista, e a União Soviética liderando o bloco socialista. Esse período ficou conhecido como mundo bipolar.
d) Falso – A Guerra Fria foi marcada pela disputa por zonas de influência entre Estados Unidos e União Soviética. Itália, Japão, Inglaterra e França estavam em péssimas condições econômicas. Em consequência da Guerra, a Alemanha teve seu território divido em zonas de influência entre EUA e URSS.
e) Falso – A disputa não teve como principal objetivo a anexação das áreas árticas e antárticas.

*       Reposta Questão 3
A “Guerra Fria”  caracterizou-se na disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas após a Segunda Guerra Mundial. Foi uma intensa guerra econômica diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela dividiu o mundo em dois blocos, com sistemas econômicos e políticos opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos Estados Unidos; e o mundo socialista, encabeçado pela União Soviética. As duas superpotências, com discursos ideológicos distintos, exerceram grande influência na geopolítica mundial, estabelecendo o chamado “mundo bipolar”. Esse período foi bem tenso, pois os dois países realizaram uma grande corrida armamentista e possuíam tecnologia para a produção de armas nucleares.

*       Reposta Questão 4
a) Falso – A Alemanha Ocidental estava sob domínio dos Estados Unidos, portanto, era um país capitalista.
b) Verdadeiro – O Pacto de Varsóvia consistiu numa aliança militar e econômica entre os países do Leste Europeu e a União Soviética. Foi o principal instrumento contra a OTAN (liderada pelos Estados Unidos).
c) Falso – O Pacto de Varsóvia tinha como principal objetivo expandir a zona de influência soviética na Europa Oriental.
d) Falso – A Europa Ocidental estava sob domínio dos Estados Unidos (capitalista), sendo a Europa Oriental o principal foco de atuação do Pacto de Varsóvia.
e) Falso – O Pacto de Varsóvia foi um projeto desenvolvido pela União Soviética, portanto, o objetivo era consolidar a influência socialista.

*       Reposta Questão 5
Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil integrou o bloco capitalista, no entanto, a partir de 1961 o presidente João Goulart (Jango) desenvolveu uma política externa independente do apoio das superpotências da Guerra Fria. Jango promoveu uma aproximação política entre o Brasil e a União Soviética, além de uma série de reformas sociais, fatos que desagradaram os investidores estadunidenses e a elite brasileira.
Em 31 de março de 1964, o presidente foi deposto por um golpe militar que teve apoio decisivo da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA). Instalou-se no Brasil (com o total apoio do Estados Unidos) a ditadura militar que governou o país por duas décadas (1964 – 1985).

*       Reposta Questão 6
a) Falso – Os Estados Unidos foi um dos países envolvidos na Guerra Fria, no entanto, o Japão não era seu adversário.
b) Falso – A União Soviética era o país que liderava o bloco socialista, porém, a Inglaterra não era o país que liderava o bloco capitalista.
c) Falso – A União Soviética participou ativamente da Guerra Fria liderando o bloco socialista, porém, a Itália não encabeçava o bloco capitalista.
d) Falso – Nenhuns desses dois países lideravam os blocos.
e) Verdadeiro – Após a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista) travaram uma disputa pela hegemonia mundial, tentando expandir suas zonas de influência. O período da Guerra Fria ficou marcado pela corrida armamentista entre as duas superpotências. Esses dois países não chegaram a um confronto armado diretamente, no entanto, vários conflitos em outros países foram financiados por essas duas nações

Exercícios sobre a Guerra Fria

1- Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. [...] Dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da União Soviética.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
O período citado no texto e conhecido por Guerra Fria pode ser definido como aquele momento histórico em que houve:
a) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 1930.
d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

2 - A “Guerra Fria” foi a expressão utilizada para caracterizar um tipo de política externa decorrente da:
a) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, entre as duas guerras mundiais.
b) Polarização do mundo em blocos interessados na exploração e posse da Sibéria.
c) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, após a Segunda Guerra Mundial.
d) Polarização do mundo em dois blocos liderados pela Alemanha, Itália e Japão. De um lado a Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e França de outro.
e) A disputa das áreas árticas e antárticas, após a Segunda Guerra Mundial.

3- Discorra sobre as principais características da Guerra Fria.

4- O Pacto de Varsóvia, criado em 1955 e extinto em 1991, teve como principal objetivo:
a) Reunir os países socialistas como a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental contra a OTAN.
b) Consolidar a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
c) Conter a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
d) Consolidar a influência socialista na Europa Ocidental.
e) Consolidar a influência capitalista na Europa Oriental.

5 - De que forma a Guerra Fria influenciou na política brasileira?

6 - Guerra Fria foi o nome dado a um conflito após a Segunda Guerra Mundial (1945) envolvendo dois países que adotavam sistemas político-econômicos opostos: capitalismo e socialismo. Os dois países protagonistas da Guerra Fria são:
a) Estados Unidos e Japão.
b) Inglaterra e União Soviética.
c) União Soviética e Itália.
d) Alemanha e França.
e) Estados Unidos e União Soviética.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ROMA ANTIGA

Introdução

A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma: explicação mitológica

Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)

De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)

Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império Romano

Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
Pão e Circo 

Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

Cultura Romana

A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
 
Religião Romana 

Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império Romano

Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.
Legado Romano
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.



GUERRA FRIA

Introdução
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
"Cortina de Ferro"
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro". 
Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 
Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
fonte: http://www.suapesquisa.com/guerrafria/

domingo, 2 de outubro de 2011

Homenagem "Dia dos professores"

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários, avaliações e trabalhos para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente. Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia Tantas dificuldades acontecem.
 A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida, Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas, Histórias...
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, parabenizar não somente pelo dia 15 de outubro,
mas por todos os dias em que: 
 Educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência... Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. (Cury, 2003, p. 15)
Felicidades!!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Holocausto: atrocidades nazistas

O massacre dos judeus na Segunda Guerra começou em 1939 e terminou em 1945, quando os Aliados chegaram aos campos. A lista de barbáries cometidas é infinita
Cíntia Cristina da Silva | 01/05/2005 00h00
No dia 7 de dezembro de 1941, os cidadãos judeus de Chelmno, na Polônia, começaram a desaparecer. Aos poucos, foram deportados para um dos primeiros campos de extermínio nazistas, com o nome da mesma cidade. Os soldados alemães empurraram cerca de 80 condenados em um caminhão para o transporte até o campo. Durante o trajeto, muitas pessoas morreram asfixiadas com o monóxido de carbono dos veículos. Esses caminhões, com o interior da caçamba envenenado, podem ter sido a sombria inspiração para as câmaras de gás dos campos em que milhões de prisioneiros judeus acabariam assassinados. Diariamente, sacrificavam-se 2 mil pessoas. Os que chegavam vivos à prisão logo iriam começar a morrer lentamente em virtude da escassez de comida, dos maus-tratos sofridos e da crueldade dos guardas. Em 18 de janeiro de 1945, dois dias antes da chegada das tropas soviéticas, os alemães tentaram exterminar todos os prisioneiros – porém dois sobreviveram. Um deles é o polonês Simon Srebnik. Ele tinha 13 anos quando foi preso em Chelmno. Antes que os alemães fugissem dos soviéticos, levou um tiro na cabeça e milagrosamente não morreu. Rastejou até um chiqueiro, onde, dois dias depois, foi encontrado e tratado por um médico. Sobre Mordechal Podchlelnick, o segundo, sabe-se que escapou com vida do horror nazista, mas não apareceu para contar a história. Em 1941, a cidade de Chelmno tinha 400 mil judeus. No fim da guerra, esse número havia sido reduzido a apenas esse dois homens.
O extermínio em massa de judeus perpetrado ao longo de toda a guerra começou em Chelmno. Os campos de concentração criados pelo regime de Hitler eram administrados pela Schutzstaffel, a temida guarda SS – fundada em 1925 e comandada por Heinrich Himmler de 1929 a 1945. A ordem de confinar os opositores ao governo de Adolf Hitler surgiu em 1933. Apenas alguns meses após ele alcançar o poder, foi montado o campo de trabalhos forçados de Dachau, sob a jurisdição da SS. Para Dachau, eram levados homossexuais, ciganos e judeus, considerados “inimigos do Reich”.
Adolf Hitler delineou a inacreditável teoria da superioridade da raça ariana em 1925, em Mein Kampf – Minha Luta. No livro, ele eleva os povos germânicos à categoria de etnia maior em detrimento da “comprovada” inferioridade de negros e judeus. Em 1935, com o ditador já no poder, foram proclamadas as leis de Nuremberg, que proibiam, entre outras coisas, o casamento entre judeus e cidadãos de sangue alemão. Na Alemanha, no mesmo ano, os judeus eram obrigados a usar a estrela-de-davi em braçadeiras para ser facilmente identificados. Na Polônia, invadida pelos exércitos nazistas em setembro de 1939, a mesma lei passou a vigorar. Logo, a população judaica seria proibida de freqüentar ruas e praças e de obedecer a um toque de recolher.
Enquanto os nazistas aceleravam a construção de campos de concentração, os judeus começaram a ser confinados em guetos. Isso aconteceu em novembro de 1939, dois meses após a invasão da Polônia. Criou-se o primeiro gueto da Europa na polonesa Lodz: quarteirões separados por muros altos e arame farpado e vigiados por guardas truculentos. Os soldados podiam atirar em qualquer pessoa que transitasse na frente deles. Para Lodz, foram levados os cidadãos judeus, despojados de todas as posses e direitos. No gueto, a fome, o frio, a brutalidade e as doenças deram início à mortandade. Os mais fortes eram usados nas fábricas de uniformes militares, máquinas e prataria. Passaram pelo gueto de Lodz cerca de 500 mil pessoas, num espaço apertado de poucos quarteirões e prédios lotados para tanta gente. Quando foi fechado, em 1944, os 80 mil habitantes que sobreviveram a assassinatos e doenças foram sendo transferidos para Auschwitz.
Em novembro de 1940, outro gueto, o de Varsóvia, na Polônia, foi o espaço onde foram amontoadas mais de 500 mil pessoas. Em condições precárias, começaram a sucumbir de fome e tifo. Morriam por mês mais de 5 mil judeus. Os corpos jaziam nas ruas, onde eram recolhidos e transportados em carrinhos de mão.
A decisão de implantar uma política de erradicação total de judeus surgiu em 20 de janeiro de 1942 durante uma conferência em Wannsee, na Alemanha. Nela, os oficiais nazistas decidiram levar adiante o criminoso projeto de aniquilação dos judeus europeus, em um plano que ficou conhecido como Solução Final para a Questão Judaica. A reunião foi organizada por Reinhard Heydrich, um dos delegados de Heinrich Himmler, e dela participaram os principais oficiais do 3º Reich, incluindo Adolf Eichmann. Hitler não esteve presente na conferência, mas aprovou as propostas: os judeus seriam usados na construção de estradas de ferro e os sobreviventes ao trabalho receberiam “tratamento especial”.
Em 1942, o campo de extermínio de Treblinka foi aberto. Os ex-moradores do gueto de Varsóvia começaram a ser transportados para ele, a 80 km da capital polonesa. O destino da maioria eram três câmaras de gás. O gueto foi esvaziado durante um ano. Duas ou três vezes por semana trens carregados de pessoas se dirigiam a Treblinka.
Assim que chegavam ao destino, as pessoas eram despidas e esperavam nuas, no inverno ou no verão, para entrar na câmara de gás. Acreditavam que iam tomar banho e percorriam um longo corredor conhecido como “ascensão”, “a última estrada”, “estrada para o céu”. Mas, antes de entrar no “banheiro”, elas eram encaminhadas a uma sala, onde cerca de 16 barbeiros judeus – prisioneiros do campo havia mais tempo – ficavam responsáveis por cortar os cabelos das mulheres. A estratégia tinha duas funções: evitar o pânico e tentar convencer as vítimas de que elas sairiam dali com vida – além de utilizar o cabelo como mercadoria (era enviado para a Alemanha, onde servia de enchimento de colchões). Do local onde permaneciam, nuas e carecas, podiam ouvir pais, maridos, filhos sendo assassinados nas outras câmaras de gás. Os poupados trabalhavam para manter a linha de produção macabra.
As câmaras assassinas trabalhavam dia e noite. Elas eram sustentadas pelo motor de um tanque, de onde vinha o monóxido de carbono. Quando se abriam as portas, uma multidão de corpos era levada e jogada em fornos crematórios. Os prisioneiros tinham a tarefa de alimentar o fogo com o que havia sobrado de seus companheiros. Como os 15 fornos não davam conta do número de cadáveres, logo foi preciso enterrá-los em gigantescos sepulcros coletivos. O cheiro dos cadáveres empilhados em covas podia ser sentido a quilômetros de distância.
Nos barracões que serviam de alojamento a situação era deplorável. Em um ambiente úmido, frio, sujo e escuro, as pessoas ficavam esmagadas umas nas outras, em triliches ou no chão.
Além das câmaras de gás, Treblinka tinha outro método de assassinato: a “enfermaria”. Para lá mandavam-se os muitos velhos e as crianças. Despidos, sentavam em bancos enquanto aguardavam o “médico”. Os nazistas costumavam dizer que o “doutor curaria todos com uma única pílula”. Esse eufemismo doentio significava um tiro na nuca. As vítimas eram depois jogadas num poço profundo e incineradas.
Em 1942, os próprios prisioneiros judeus foram obrigados a construir novas câmaras de gás. Nesse mesmo ano, outros seis campos de morte foram montados na Polônia: além de Chelmno e Treblinka, havia os de Belzec, Sobibor, Maidanek e Auschwitz.
No sul da Polônia, Auschwitz era o mais cruel campo de extermínio da Europa. Para lá eram levados judeus de todas as partes do velho continente – França, Holanda, Romênia, Hungria, Itália, Grécia, União Soviética, Iugoslávia. Os primeiros a ser mortos foram os cidadãos de Auschwitz, cuja população era formada por 80% de judeus. Estima-se que nele quase 2 milhões de pessoas tenham perecido, vítimas das câmaras de gás, dos fuzilamentos, do trabalho forçado, da fome, de doenças.
Das crianças, apenas os gêmeos eram poupados e encaminhados para o sinistro laboratório do médico Josef Mengele, que os utilizava em experiências médicas. Ele aplicava vírus e bactérias nelas e as usava para testar técnicas de esterilização. Também costumava mergulhar prisioneiros em água congelada para ver quanto tempo duravam; arrancavam dentes, contaminavam com pus e os colocavam de volta. Esse último “procedimento” era a especialidade de Hans Münch, diretor do “Instituto de Higiene” de Auschwitz. Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, Münch disse que jamais se sentiu desconfortável com os experimentos. Sobre Mengele, declarou, cínico: “Foi a companhia mais agradável que tive.”
Em Auschwitz, os nazistas liquidavam 2 mil pessoas em pouco mais de 15 minutos. Trancavam-se os condenados em câmaras escuras, enquanto o gás começava a penetrar no ambiente vindo do chão. O veneno usado já não era o monóxido de carbono, mas o Zyklon B, um pesticida. As câmaras de Auschwitz também tinham pequenos orifícios pelos quais os guardas, por sadismo, observavam o desespero dos que sufocavam até a morte.
Além de construir barracas, queimar corpos e manter Auschwitz em funcionamento, os judeus também eram explorados como mão-de-obra escrava por várias empresas alemãs, como Siemmens, Krupp e a fábrica de munição I. G. Farben. Os que tinham a sorte de manter a saúde em meio às condições de escravos conseguiam a seleção para o trabalho. Os que não trabalhavam em fábricas cumpriam obrigações horrendas. Enchiam os crematórios com os mortos e muitas vezes tinham de enterrar conhecidos e familiares.
O trabalho e as posses dos judeus ajudavam a financiar e manter a máquina de guerra nazista. Privavam-se os prisioneiros de seus pertences assim que chegavam ao campo. Tudo se aproveitava: óculos, roupas, cabelos, sapatos, malas, dentes de ouro. O que lhes era destinado resumia-se a um pijama listrado e uma sopa rala de batata ou nabo – às vezes, segundo os sobreviventes, havia areia dentro da sopa.
Em janeiro de 1945, os soviéticos chegaram a Auschwitz e se chocaram profundamente com o que viram. Encontraram milhares de pessoas reduzidas a pele e osso, corpos incendiados, cadáveres espalhados por todo o campo. A maioria dos prisioneiros estava tão doente e abatida que mal tinha forças para celebrar o fim de tamanho martírio. Os soldados dispuseram suas rações para alimentar imediatamente as tantas vítimas. A desnutrição era tão séria que, desacostumados a se alimentar, muitos morreram ao voltar a comer. Meyer Levin, escritor americano e correspondente de guerra, estava entre os soldados que presenciaram o inconcebível nos campos. “Jamais tínhamos visto um campo de concentração nazista. Foi como se penetrássemos no âmago de um coração totalmente depravado”, afirmou Levin.
Ninguém nunca havia testemunhado nada parecido. Quando Sidney Bernstein, que dirigia a seção de filmes do Ministério da Informação britânico, pensou em fazer um documentário sobre o genocídio praticado nos campos, ele convidou Alfred Hitchcock para ajudá-lo. Bernstein queria realizar um filme em que não houvesse dúvida de que o que se veria na tela fosse a mais pura realidade. O resultado é o chocante Um Testemunho para o Mundo (1985), em que cadáveres descarnados são arrastados para ser sepultados em covas coletivas. Indignados diante de tamanha barbárie, os Aliados ordenaram que os alemães tratassem de sepultar suas vítimas. Também se vê uma longa seqüência sem cortes (idéia de Hitchcock) mostrando montes de óculos, de sapatos, de roupas pertencentes a milhares de pessoas que já não existiam mais.
Na Segunda Guerra Mundial, existiram mais de 5 mil campos de concentração espalhados pela Europa. Juntos, eles foram responsáveis pela morte de 6 milhões de pessoas. Estima-se que em maio de 1945 existiam de 2,7 a 3,6 milhões de sobreviventes do Holocausto. A história da barbárie choca cada vez mais – e continua inexplicável.

Sobrevivi a Hitler por milagre
“Em 1944, a evacuação do gueto de Lodz, se intensificou. Diziam que iríamos para a Alemanha, trabalhar em serviços que já conhecíamos. Entramos nos vagões de trem, trancados pelo lado de fora. Depois de uma viagem tortuosa, chegamos a uma estação. Vi uma grande quantidade de soldados carregando metralhadoras. Os homens e as mulheres eram separados na plataforma. Dali, fomos levados a Auschwitz. No campo, sob chicotadas, fomos empurrados para os chuveiros. No fim do corredor do banheiro estavam vários prisioneiros, os ´listrados´, encarregados de raspar nossa cabeça. Anoitecia quando saímos de novo para o campo. Sentimos um cheiro insuportável de carne e ossos queimados.
Entramos em Birkenau (parte de Auschwitz onde ficavam os crematórios). Fomos amontoados num barracão vazio. Logo um homem começou a gritar: ´Vocês sabem onde estão, seus filhos da puta? Vocês estão em Auschwitz. Daqui só se sai pela chaminé!‘
Nossa vida no campo obedecia a um ritual medonho. Acordávamos às 5 horas e logo éramos colocados em fila para recebermos um pouco de café artificial. Depois éramos obrigados a fazer exercícios fatigantes durante horas. Ao meio-dia, recebíamos uma rala sopa de batatas não descascadas, onde sempre encontrávamos grãos de areia. De vez em quando, alguém se jogava na cerca elétrica para se suicidar. O crematório não parava de funcionar. Acabamos nos acostumando com o cheiro de carne queimada. Um dia, um prisioneiro antigo nos contou algo realmente chocante: a gordura humana saía do crematório através de uma canalização especial e era transformada em sabão numa fábrica situada ao lado do edifício. Chamava-se R. I. F Rein Juduen Fet, que quer dizer ´gordura pura dos judeus´. Certo dia, fomos informados de que diretores de outras fábricas alemãs estavam procurando prisioneiros para trabalhos forçados. Precisavam de mecânicos e tive a sorte de ser selecionado. Depois de duas semanas em Auschwitz (que pareceram dois séculos), embarquei para Braunschweig, na Alemanha. Durante a viagem de três dias, não recebemos nada para comer. De lá segui para Wochelde, onde trabalhei numa fábrica de engrenagens de câmbio para caminhões. À medida que os Aliados avançavam, éramos deslocados de um campo a outro. Na noite de 1º de maio de 1945, ouvi gritarem: ´Os tanques, os tanques!´ Vi uma coluna deles se aproximando. Ostentavam estrelas brancas. Nós, judeus, não gritávamos. Chorávamos, chorávamos sem parar...”
Ben Abraham nasceu em 1924 em Lodz, na Polônia. O pai morreu de fome no gueto, e a mãe, numa câmara de gás em Auschwitz. Libertado, aos 20 anos, pesava 28 kg. Hoje, mora em São Paulo. É presidente da Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo. Escreveu, entre 15 livros, Holocausto...
E o Mundo Silenciou.

A lista de Mendes
Em 1940, na França ocupada pelas tropas nazistas, multidões de refugiados afluem para a cidade de Bordéus, sudoeste do país. Tinham a esperança de chegar à fronteira, atravessar a Espanha, entrar em Portugal e dali embarcar para a América. A Espanha do ditador Francisco Franco era descaradamente pró-nazi. Em Portugal, o também ditador Antônio Salazar se mantinha igualmente alinhado com Hitler. Foi em meio a esse quadro de desespero que o cônsul-geral português em Bordéus, Aristides Sousa Mendes, se pôs a emitir vistos de entrada em Portugal a qualquer um que necessitasse, convertendo sua própria casa em abrigo para refugiados. Originário de uma família aristocrática, Aristides Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu em 19 de julho de 1885, em Cabanas de Viriato. Foi cônsul na Guiana Francesa, no Brasil, nos Estados Unidos, na Espanha, na Bélgica e, desde 1938, em Bordéus. Mendes era partidário da ditadura salazarista. Mas, em 16 de junho de 1940, ao sair do consulado se viu cercado pela multidão de refugiados. Diante do impasse entre salvar milhares de vidas humanas e cumprir a ordem de Salazar, que não permitiria a entrada de refugiados do nazismo, Sousa Mendes afirmou: “Não vou ficar impassível à matança de inocentes”. Durante três dias, Aristides de Sousa Mendes, com a ajuda da mulher, Angelina, e do filho, Pedro Nuno, atendeu a milhares de pessoas em busca do almejado visto. Muitos foram assinados em plena rua. Entre judeus e perseguidos políticos, calcula-se que Mendes tenha salvado em torno de 30 mil pessoas. Em 24 de junho de 1940, Salazar o acusou de “concessão abusiva de vistos de estrangeiros” e ordenou que fosse imediatamente a Lisboa. Em Portugal, Mendes viu sua carreira de 30 anos de diplomata acabar de forma drástica. No dia 3 de abril de 1954, aos 69 anos, Sousa Mendes morreu pobre. Em 1958, Joana, uma de suas filhas, escreveu ao primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, falando de seu pai. Hoje, na floresta dos Mártires, em Jerusalém, o bosque conta com 30 mil árvores, simbolizando cada uma das vidas que Mendes salvou.
Cláudio Tsuyoshi Suenaga, que escreveu este texto, é mestre em história pela Universidade Estadual Paulista
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/holocausto-atrocidades-nazistas-434440.shtml

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Leitura e Reflexão

Leiam e reflitam sobre o que aconteceu no passado, no século XIX, mas que pode também ser atual.
carta escrita em 1830...

CARTA DE ABRAHAN LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO:

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales. Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor." Abraham Lincoln, 1830

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Exercícios sobre o Filme LUTERO

Discussão - Filme Lutero


Ficha técnica:
Título original: (Luther)
Lançamento:  2003 (Alemanha, EUA)
Direção: Eric Till
Atores: Joseph FiennesAlfred Molina, Bruno Ganz, Jonathan Firth.
Duração: 112 min
Gênero: Drama












A partir da fonte imagética, o Filme Lutero, do resumo e documentos sobre As Reformas:

1- Identifique os interesses de Lutero, dos príncipes e do povo em relação à reforma protestante na Alemanha.

2- Como você resumiria o filme Lutero?

3- Explique por que Lutero se opõe contra as práticas da Igreja Católica?

4- O que eram as indulgências? Cite duas.

5- Descreva três itens das 95 teses de Lutero contra a igreja Católica.

6- De acordo com o filme quais foram os principais personagens da Reforma?

7- Onde se passa a reforma em seu primeiro momento?

8- Quem é o príncipe que protege Lutero?

9- O que foi o tribunal da inquisição?

10- Por que os adeptos de Lutero passaram a ser chamados de Protestantes?